terça-feira, 14 de outubro de 2008

GREVES: Até Onde Vai o Direito e Aonde Começa o Desrespeito?



Mais uma vez o Brasil sofre com greves, mediante isso fica o questionamento: Até aonde vai o direito do trabalhador e aonde começa o desrespeito aos usuários? Antes de começar a expor minhas opiniões, gostaria de ressaltar que não estou falando de nenhuma categoria específica e que vou expor um pouco dos dois lados da moeda, um do trabalhador e outro do usuário desse serviço.

Só nesse ano tivemos ao menos duas greves com grande repercussão e agora estamos passando pela terceira, tivemos as dos “Correios” que afetaram os sistemas de cobrança de varias empresas pelo atraso na entrega dos boletos de pagamentos; as dos agentes alfandegários da receita federal, que deixou um acúmulo de mercadoria parada em portos e aeroportos do país e agora dos bancos, que afeta todo um sistema financeiro nacional.

Ora, é de direito de todos a conquista de um aumento salarial, mas essa é a única forma? Nós sabemos que em 2007 o segmento bancário foi que teve a maior lucratividade, será que é tão difícil repassar isso para as pessoas que ajudaram os bancos a alcançarem esse índice? Por que nós usuários temos que ser atingidos por esse impasse entre empregador e empregado? Será que não se observa que isso é um desrespeito para os clientes? E digo isso não só a este segmento, mas sim à todos os que utilizam greve como a única ferramenta para atingir seus objetivos.

Desculpe meus amigos sindicalistas, mas acredito que a melhor forma não é essa, mas acredito que com negociações bem fundamentadas pode-se chegar a um denominador comum, sem necessariamente desrespeitar os clientes. É óbvio, que em algumas situações faz-se necessário a greve, mas a pergunta é: Todas as greves que aconteceram, foram necessárias?

A greve trás conseqüências à toda uma economia, pensar só dessa forma é pensar no micro e não no macro. Outro ponto a ser observado é que em outros segmentos que não adotam greves, será que esses trabalhadores nunca recebem aumentos salariais? Eu particularmente não acredito nisso.

O mercado está aberto para os profissionais, se você não está contente com seu salário distribua seu currículo, e observe as propostas que você terá, se forem mais atrativas nada impede você de trocar de emprego. Por que o usuário deve ser prejudicado pelo seu descontentamento?

O que quero deixar exposto aqui é que antes de incentivar e/ou aderir à uma greve, tenha um pensamento macro da situação, todos as pessoas que serão prejudicadas para se ter um melhor salário, todos os questionamentos que foram levantados nesse artigo, são para reflexão. Pense nisso!

Grande Abraço,
Diego da Silva
http://diegosilvasc.blogspot.com/
14/10/2008.
Joinville, SC