sábado, 28 de fevereiro de 2009

O QUE A MÍDIA TEM HAVER COM A CRISE ECONÔMICA MUNDIAL?


Desde novembro de 2008 o mundo passa por uma crise econômica, por que não falar recessão, tão grande que pode ser comparada com a crise de 1930. A recessão existe e isso é fato, não há como dizer que não, mas se olharmos para o início dos problemas podemos identificar que a mesma foi intensificada pela proliferação de informações na mídia causando o recuo no consumismo.

Lembre-se que tudo começou pela crise imobiliária americana, seguido da quebra de bancos e empresas de seguros. Até então, a mídia não influenciou nessa seqüência de desastres no sistema financeiro americano. Porém, a partir deste momento houve um alarde, uma tempestade de previsões pessimistas – até certo ponto realistas, mas que só agravou a crise – fazendo com que a população mundial simplesmente deixa-se de consumir.

Podemos observar que desde o início da crise, o valor investido na poupança só cresceu, as pessoas com receio de perder seus empregos guardaram o seu dinheiro. Mas com isso, mesmo sem intenção, elas acabaram intensificando a crise. Sem dinheiro circulando, sem pessoas gastando, não há como manter a produtividade da empresas, pois as vendas dessas caem, não há mais quem consuma seus produtos. E isso gera um efeito dominó, com as vendas baixas as empresas se obrigam a reduzir seus custos, puxa lá, estica aqui, mas existe uma hora que o corte de pessoal é inevitável, ou seja, desemprego. Com o cidadão desempregado e com o medo de não encontrar emprego rapidamente, este também não consome mais além do necessário, isso sem contar os casos de inadimplência, que acabam prejudicando ainda outras empresas. E isso não tem fim, a ordem da saúde econômica é o consumo, o dinheiro tem que circular.

Os governos estão desesperados, correndo atrás de soluções para que o dinheiro circule, reduções de juros são anunciadas mundo a fora, corte nas alíquotas de impostos, injeções de dinheiro na economia, mas tudo isso vai por água abaixo após a veiculação dessas ações na mídia, pois as mesmas são noticiadas de maneira com que as pessoas se sintam ainda mais ameaçadas.

Ninguém procura incentivar o consumo na mídia, ninguém explica como funciona esse efeito dominó, ninguém se ajuda. Em momento de crise, pensamos só em sairmos ilesos, pensamento egoísta e burro, porque uma hora irá nos atingir, enquanto não levantarmos a bandeira do consumismo (consciente é claro), nada, nem ninguém conseguirá reerguer o sistema financeiro mundial.

A mídia deve ter um papel social, informar os fatos não é o suficiente, é necessário instruir a população. A crise existe, mas nós temos o poder de terminar com a sua evolução.

Façamos todos a nossa parte.

Forte Abraço,

Diego da Silva.

28/02/2009

Joinville, SC.

http://diegosilvasc.blogspot.com/