sexta-feira, 23 de outubro de 2009

A árdua e gratificante tarefa de ser professor


Existente desde a antiguidade, a profissão de professor é uma das mais antigas que se tem registro. No entanto, um educador que fale para um grupo grande, e não apenas para os seus discípulos, surgiu na modernidade, entre o século XVII e XVIII, com o capitalismo. Nesse período, a profissão deixou de ser veiculada à igreja católica, e outros cidadãos, além dos religiosos, puderam exercê-la. Deste momento até hoje, muita coisa mudou, menos a importância desse profissional para o crescimento, aprendizado, amadurecimento e formação ética de cada um de nós.


Professora há 20 anos, Solange Aparecida de Camargo Feres dá aula de matemática para escolas da rede pública e privada. No decorrer da sua carreira, pôde perceber muitas mudanças, sendo a principal delas a forma como os alunos aprendem. Se antes já era difícil prender a atenção das crianças e adolescentes, hoje, com o advento da tecnologia, a dificuldade tornou-se ainda maior. “Temos que competir com todos os meios de comunicação, e os interesses dos alunos são bem mais diferenciados. Além disso, recebemos na escola um número muito maior de crianças com uma grande diversidade de interesses.”


Por esse motivo, o ensino acompanha as mudanças da sociedade e seria impossível praticá-lo como há 50 anos. Docente da Universidade São Francisco (USF), em Itatiba, SP, e doutora em psicologia educacional, Jussara Cristina Barboza Tortella vê diferenças na profissão em relação a utilização da sala de aula, ao relacionamento professor/aluno e à elaboração de trabalho das atividades que, independente da área que seja, matemática, língua portuguesa, história ou qualquer outra, está muito mais voltada para a busca do conhecimento. “Tínhamos um ensino que trabalhava muito mais a memorização. Atualmente, ele está mais pautado na busca de conhecimento.”


Hoje, para ser professor é preciso fazer um curso de pedagogia ou licenciatura. Com o primeiro, ele poderá atuar na educação infantil e ensino fundamental do primeiro ao quinto ano, ou após um tempo de profissão, ser coordenador pedagógico, diretor de escola ou supervisor de ensino. Com a licenciatura, poderá trabalhar com ensino fundamental II nas áreas específicas, como matemática, geografia, português e assim por diante.


“A função do professor é atuar, basicamente, em sala de aula, e o perfil que queremos, hoje, é de um pesquisador da própria prática e da didática ensinada em sala de aula. Ou seja, uma formação muito mais voltada para a docência, ensino e aprendizagem”, explica Jussara, “além da sala de aula, o pedagogo pode atuar em outras áreas, como em ONGs ou em empresas, onde será contratado para fazer a formação de profissionais.”


Apesar de muitos acharem que ter o domínio do conteúdo é suficiente, para Solange, o pré-requisito básico para quem quer seguir essa carreira é estar disponível para ajudar o outro. A mesma confusão é feita com o gostar ou não de crianças. Segundo Jussara, isso nada tem a ver com possuir o perfil do educador, que é muito mais de um pesquisador com um grande gosto pela leitura, e de uma pessoa policultural, ou seja, com grande repertório cultural e um conhecimento claro da realidade social do país.

Se antes uma das maiores dificuldades era a diferença salarial entre a rede pública e privada, hoje, há outros pontos que pesam mais na balança, independente da escola. “O salário depende muito da instituição. Os da rede pública diferenciam um pouco de cidade pra cidade, e nos municípios menores, por exemplo, os professores das escolas particulares ganham menos do que os das grandes cidades, tudo vai depender do colégio. Entretanto, os problemas de ambas as instituições me parecem muito próximos, e uma das poucas diferenças entre elas, é o acesso a determinadas informações que, às vezes, o aluno de escola pública não tem”, explica Jussara.


A docente da USF completa que, independente da rede, o professor enfrenta duas grandes dificuldades. A primeira delas é a parte didática, já que não é fácil criar atividades significativas que despertem o interesse do aluno em desenvolvê-las. E a outra, está relacionada com as interações interpessoais dentro da sala de aula, ou seja, como o professor pode trabalhar as questões voltadas para a educação de valores e moral. “Esse é um grande desafio. Os professores se queixam por não saberem muito bem como lidar com determinadas questões que surgem no contexto escolar, já que os alunos trazem problemáticas do seu contexto social para a escola.”


Apesar de tudo, ser professor em um país como o Brasil, onde a educação é pouco valorizada e defasada, e os salários, quase sempre, são baixos, não é esse bicho de sete cabeças. “Não é fácil abraçar a docência, mas acho que quem está no contexto, ou seja, aquele professor que acredita naquilo que faz e trabalha não só a questão afetiva ‘eu amo minha profissão’, mas tem consciência do que está fazendo, busca novos procedimentos e soluções para a sua problemática. Para mim, é muito gratificante poder acompanhar o desenvolvimento de outro ser humano e a evolução no seu processo de alfabetização”, relata Jussara.


Veja as vagas de emprego disponíveis no site da Catho Online.

ESTÁGIO: UMA PORTA PARA O MERCADO


Apesar de ainda ser estudante de Ciências da Computação, Priscila Baraldi tem experiência suficiente para já se considerar bem preparada. Sabe que ainda tem muito a aprender, mas também tem consciência de que está à frente dos colegas que nunca estagiaram na área. Isso porque há dois anos ela abraçou a oportunidade que recebeu.


"Eu vejo que o estágio ajuda muito a aprender, porque na faculdade mesmo é só básico. Então, eu estou utilizando já o que eu aprendo em elaboração de projetos, trabalhos... um monte de coisas!"


Íntima do computador e fascinada pelo trabalho, Priscila não pára nem um segundo. A dedicação já gera frutos, afinal ela está sendo promovida! "Eu estou em processo de promoção. É um ótimo momento!"


Na Módulo, a temporada de estágios e trainees, aliás, está aberta. E a gerente de RH garante que há muita valorização dos jovens talentos na empresa.


"Os próprios sócios eram três jovens universitários quando fundaram a empresa. Então, existe uma proximidade muito grande com o estudante e com a formação e o desenvolvimento dele dentro da Módulo. Em todas as áreas temos histórias de sucesso de pessoas que começaram como estagiárias e hoje ocupam posições nas filiais ou mesmo na própria matriz."


Zuleika Ramos aconselha também que o jovem veja o estágio como impulsionador de carreira. Porque é, sim, possível crescer dentro das corporações.


"Se ele tiver interesse e se aplicar no seu próprio desenvolvimento, ver como oportunidade, com certeza ele vai trilhar seu próprio caminho."


Para trilhar bem essa trajetória, o jovem também deve estar sempre bem informado. Conversando com o especialista em Administração de Estágios aqui da Catho Online, descobrimos, por exemplo, de qual forma a nova Lei de Estágios , que aguarda sanção do presidente Lula, pode interferir na vida dos estagiários. Será que vai mudar muito?


"Existem duas tendências. A primeira é que haja um aumento de vagas. Com a redução da carga horária, muitas empresas podem optar por dois estagiários. Mas existe uma linha de pensamento de que vai haver redução de vagas, porque a obrigatoriedade de alguns benefícios, como férias remuneradas e vale-transporte, vai ocasionar um aumento de custos para as empresas. Elas podem escolher extinguir o cargo", explica Tiago Tomita, coordenador do Administrador de Estágios - Admest da Catho Online.


Mas enquanto não sabemos ao certo o que irá acontecer, Tomita dá dicas de como conseguir boas oportunidades. Lembrando, claro, que a própria Catho Online tem cerca de 19 mil vagas destinadas a estágios! Ou seja, só não consegue estagiar quem não quer!


"A primeira coisa é que ele esteja matriculado. Daí, pode procurar essas oportunidades no site da Catho Online, que seria uma opção bem vantajosa, porque a quantidade de vagas que nós temos atende grande parte dos currículos cadastrados. Outra opção é procurar nas próprias empresas ou faculdades."


A Catho Online conta com mais de 200 mil vagas de emprego. Seja um assinante e dê o primeiro passo da sua carreira.